Ex-chefe de Polícia concorre à Prefeitura de Queimados

Concorrendo pela primeira vez a um cargo público eletivo, o delegado Zaqueu Teixeira – ex-chefe de Polícia Civil e ex-presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Rio de Janeiro – encara a candidatura a prefeito de Queimados como o seu maior desafio: a oportunidade de melhorar as condições de vida da sofrida população de sua terra natal. “A direção do meu partido (PT) queria me lançar candidato a um cargo no Legislativo. Ponderei que, se era para disputar uma eleição, preferia concorrer à administração da cidade onde nasci e me criei”, conta o candidato.
Zaqueu explica que seu programa de governo está sustentado em quatro eixos principais: saúde, saneamento básico, desenvolvimento e segurança. Na área da saúde, ele pretende recuperar a estrutura, regionalizando os postos para melhorar o atendimento e investindo em ações como o “Saúde da Família”, que fará um trabalho preventivo junto à população, medindo a pressão e orientando sobre doenças sexualmente transmissíveis, câncer de mama e próstata, etc. “Concluiremos também o Hospital Geral de Queimados com a verba de R$ 21 milhões a ser repassada pelo governo federal e criaremos a maternidade pública, para que as pessoas possam nascer na própria cidade”, acrescenta o delegado.
No que se refere a saneamento, a prioridade de Zaqueu Teixeira será o asfaltamento das ruas – a maioria em situação precária, segundo ele. Quanto ao desenvolvimento, o candidato pretende criar condições para atrair novas empresas para o município, gerando empregos e qualificando a mão de obra.
Para a segurança pública, o grande projeto do ex-chefe de Polícia é a criação da Guarda Municipal que, segundo ele, atuaria preventivamente. “Não vamos competir com a PM, mas trabalhar de forma integrada”, explica.

Municípios não podem
arcar com a segurança
Quando o assunto é a municipalização da segurança, discutida mais abertamente neste período de campanha eleitoral, fala mais alto o especialista do que o candidato a prefeito. Na opinião do delegado Zaqueu Teixeira, os municípios brasileiros, com raríssimas exceções, não têm condições de assumir a segurança pública. “As prefeituras ficariam na dependência de repasses federais. Se é assim, o melhor é investir esses recursos nas atuais polícias civil e militar”, argumenta.
Para ele, o excesso de politização na área de segurança acaba por atrapalhar o bom desempenho da polícia: “É muito bonito querer americanizar o sistema policial, porém lá nos Estados Unidos há dinheiro. Aqui não há recursos nem para a nutrição do povo, como é que os municípios vão investir na segurança?”, conclui Zaqueu.